São Paulo, segunda-feira, 11 de agosto de 1997 |
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Repasse é confirmado
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA A ex-deputada Adelaide Neri (PMDB-AC) confirmou ontem que os assessores Crispiniano Velame e Marineide repassavam parte dos seus salários para o deputado Chicão Brígido."Nesses casos eu sou testemunha, porque eu era a titular. Nos três meses em que eu fiquei lá, eles reclamavam do repasse", disse. A ex-deputada também confirma que era pressionada por Chicão para devolver o dinheiro da convocação. "Isso era verdade. Mas não aceitei." Adelaide confirma que negociou com o deputado a entrega de parte do dinheiro. "Ele chegou a propor que eu desse a metade". A ex-deputada disse que não repassou o dinheiro da convocação porque o deputado deixou de pagar as prestações de um apartamento que ela lhe emprestava em Brasília. "Ficou uma dívida de R$ 7.800." A Folha começou a telefonar para a casa de Chicão Brígido às 15h de ontem. Também tentou, até o final da tarde, ligar para o seu celular. Não houve resposta até o fechamento da edição. Na gravação, Adelaide afirma que procurou o presidente da Câmara, Michel Temer, para tentar resolver os seus problemas. Temer confirmou que foi procurado por Adelaide, mas disse que não foi informado sobre o repasse de parte dos salários dos funcionários. "Ela disse apenas que o Chicão a estava impedindo de contratar funcionários da sua confiança." Acrescentou que, se fosse publicada a reportagem, abriria sindicância para apurar os fatos. "É coisa grave. Piora a situação do Chicão, que já responde a processo na CCJ. Pobre do Chicão." Texto Anterior: Mandato pode ser cassado Próximo Texto: Leia trechos das conversas que foram gravadas Índice |
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