São Paulo, segunda-feira, 11 de agosto de 1997![]() |
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Entidade quer mais investimento interno
DA REPORTAGEM LOCAL Eugênio Staub, novo presidente do Iedi disse, em entrevista concedida ontem à Folha, que a meta de seu mandato de dois anos à frente da entidade é criar condições para o aumento da taxa de investimento no país, que hoje gira em torno de 17% do PIB (Produto Interno Bruto, a soma das riquezas do país)."Dois grandes problemas do país são a baixa taxa de investimento e o crescente desemprego", afirmou Staub. Leia a seguir trechos da entrevista: * Folha - Como foi o jantar com o presidente FHC? Eugênio Staub - O diálogo foi muito tranquilo. É contínuo. Ele entende muito bem a nossa pressa com as reformas. O que nos anima é que esse governo compreende os empresários. Não há conflito. Folha - Com que diagnóstico da economia brasileira o sr. chega à presidência do Iedi? Staub - O diagnóstico é que a economia vai bem. O Iedi tem oito anos, ocupados com a preocupação central da sociedade brasileira, que era a inflação. Debelada a inflação absurda, temos uma nova agenda, que é condicionada por fatores internos e externos. Folha - Qual é a prioridade? Staub - A retomada de investimentos na área industrial numa situação extremamente competitiva aqui dentro e lá fora. Folha - Como? Staub - Queremos maior valor agregado no país, melhor distribuição da renda, melhores benefícios sociais e econômicos para a população. O investimento é baixo, e o desemprego, grande. Folha - Como o Iedi, criado há oito anos por 30 empresários, reage às mudanças econômicas no país? Staub - Continuamos fiéis às nossas crenças fundamentais. A primeira é que o desenvolvimento econômico e social está intimamente ligado ao desenvolvimento da indústria, e a segunda é que nós, empresários, como membros da elite, temos a responsabilidade de desenhar e construir o futuro do país. Sem demagogia. Folha - O Iedi é visto como um grupo nacionalista, xenófobo. Staub - O Iedi não é xenófobo, mas entende que os empresários brasileiros têm a principal responsabilidade em desenhar o modelo brasileiro. Texto Anterior: Pressionado, FHC pede paciência a empresários Próximo Texto: FRASES Índice |
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