São Paulo, segunda-feira, 11 de agosto de 1997
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Preços das câmeras devem despencar

ANA MARIA GUARIGLIA
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Os preços das câmeras digitais tendem a despencar no mercado internacional no início de 98 devido ao emprego de novas tecnologias, que estão sendo pesquisadas e introduzidas pelas indústrias.
O anúncio foi feito por Alexis Gerard, fundador e presidente da Future Image, agência norte-americana especializada em equipamentos para fotografia digital.
Segundo Gerard, até o ano 2001 as indústrias ligadas ao setor da imagem deverão investir cerca de US$ 4 bilhões anualmente em tecnologias de aperfeiçoamento.
"Uma das atrações dos investidores é a rede de novos sensores, embutida nas câmeras. Ela capta as imagens e aumenta sua qualidade, questão até agora vista como entrave para o desenvolvimento do mercado digital", disse.
Outro destaque é o sensor CMOS, que deverá substituir o CCD, utilizado pelos equipamentos que estão no mercado. O CCD trabalha como a retina do olho humano, gerando informações sobre as imagens.
A primeira experiência com o sensor CMOS foi feita pela indústria japonesa Vivitar, na câmera ViviCam 3.000, disponível nos EUA desde maio deste ano.
Com preço inferior a US$ 500 nos EUA, a previsão de custo no Brasil é de cerca de R$ 1.100.
Queda proporcional
À medida que os preços das câmeras digitais caírem no mercado internacional, proporcionalmente tendem a cair no Brasil.
Porém, os tributos brasileiros sobre o consumo representam cerca de 33% sobre o preço final.
Esse percentual é acrescido das taxas de importação, entre 23% e 25%, e pela margem de lucro da revenda, em torno de 18%, sem contar outros gastos do lojista.
A soma dessas despesas fará com que o produto chegue ao consumidor brasileiro custando quase duas vezes e meia mais do que o preço de origem.

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