São Paulo, segunda-feira, 11 de agosto de 1997
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Hill brilha até a última volta na Hungria

DA REPORTAGEM LOCAL; COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

"Ele merecia ganhar." A frase de Jacques Villeneuve, vencedor do GP da Hungria, resume bem como foi a 11ª etapa do Mundial de F-1.
Damon Hill, a bordo de um carro limitado, capaz de lhe dar um único ponto no campeonato até ontem, largou em terceiro, ultrapassou Michael Schumacher e liderou por 61 das 77 voltas.
Mas, por uma pane hidráulica, que afetou primeiro seu câmbio, depois o acelerador, o piloto inglês deixou a ponta exatamente na última volta. E entregou a vitória ao ex-companheiro de Williams.
"Assim é a F-1", declarou Hill após a prova, uma das melhores de sua carreira. Surpreendente, como a terceira colocação no grid, no sábado. Esperada apenas para ele mesmo, que dissera ter chance de vitória antes da corrida.
Ontem, Hill confirmou a previsão. Usou bem a posição do grid, atrás do pole e sobre asfalto limpo, para assegurar o segundo posto. Villeneuve, no lado sujo da pista, caiu de segundo para quinto.
Com dez voltas, percebeu que Schumacher sofria com os pneus e o superou na primeira curva.
Manteve a liderança até a rodada inicial de pits, na altura da volta 25. Heinz-Harald Frentzen, com seu Williams bem mais acertado que o de Villeneuve, assumiu a ponta. O alemão, porém, após a sua parada, foi obrigado a abandonar por um defeito na válvula do bocal do tanque de combustível.
Hill era novamente líder e, com extrema regularidade, tirou proveito dos pneus Bridgestones para ir acumulando vantagem -lembrou os bons tempos de Williams.
Atrás, Villeneuve, com as quebras alheias, alcançava o segundo posto. E, na penúltima volta, foi informado pelo rádio de que Hill, com problemas, diminuía o ritmo.
"Ele estava voando. Não teria condições de alcançá-lo. Preferi assegurar o segundo posto e esperar que alguma coisa acontecesse com ele", contou o canadense.
O olho gordo funcionou, e Villeneuve conseguiu descontar os mais de 30 segundos de vantagem que o separavam do inglês para vencer e se reabilitar no Mundial.
Schumacher, com o carro reserva -destruíra o titular no warm up-, foi apenas o quarto e lamentou a sorte do atual rival, elogiando o antigo: "Ele merecia vencer".

Com agências internacionais

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