São Paulo, segunda-feira, 11 de agosto de 1997 |
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E-zines conquistam espaço na Internet CÉLIA ALMUDENA CÉLIA ALMUDENA; LEONARDO PANÇO
"Fazer um e-zine é mais barato e mais rápido do que um tradicional", explica Cristian Faber, 22, autor do "Electronik Voices" (veja endereços no quadro ao lado), especializado em música eletrônica. Os e-zines provocaram uma verdadeira revolução durante o Zine Mutante - Encontro das Culturas Independentes, evento que aconteceu no Rio de Janeiro há duas semanas. O zineiro Bruno Privatti, editor do "Brujeria", que como pouquíssimos tem uma edição em papel e outra na Internet, falou durante o evento sobre como os e-zines andaram surgindo aos borbotões pelo mundo afora e como ainda engatinham a "passos largos" no Brasil. O e-zine "Barata Elétrica" -primeiro em língua brasileira a usar a Internet como meio de difusão- existe desde 94. "Hoje, se você bater a palavra fanzine no Cadê (programa de busca) vai encontrar mais de 40 e-zines", conta Privatti. É fácil descobri-los na rede mundial. No endereço http://www. uol.com.br/internet/webzona/ zines.htm, por exemplo, você encontra uma boa seleção de nacionais e importados. É só começar a surfar para se empolgar. Papel x Internet Os fanzineiros mais tradicionais acham que o fato de o computador ser o principal meio de confecção, tira um pouco da característica artesanal da zinagem. "O zine de papel não vai sumir, já que a Internet ainda é um meio muito elitista. E os e-zines são tão artesanais quanto os tradicionais", defende Privatti. Depois de muitas discussões durante o evento zineiro, ficou provado que, além do espírito estar mantido, mais pessoas podem acessar os e-zines. Alguns títulos brasileiros traduzem para o inglês parte do conteúdo para ficarem mais universais. "O mais difícil é conseguir divulgação do seu e-zine. Além disso, fazer uma revista seria bem mais complicado", diz Tiago Morena, 18, do "Banana Banal". Morena explica que ocupando pouco espaço no computador é possível fazer um e-zine bem bacana. Além disso, é possível conseguir páginas e programas de graça. Para quem está familiarizado com computadores, é uma ótima oportunidade para se infiltrar no meio zineiro, produzindo seu próprio e-zine (veja dicas no quadro à dir.). Assunto é o que não falta. Colaborou Leonardo Panço, free-lance para a Folha Texto Anterior: Música em destaque, com shows espertos e premiação da MTV Próximo Texto: Deus vem depois do recreio Índice |
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