São Paulo, terça-feira, 12 de agosto de 1997
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Governo dividido; Evitando marola; Não leva fé; Mantendo a tradição; Tapas e rasteiras; Última instância; Loja de conveniência; Luta interna; Cabo reeleitoral; Confusão armada; Reação governista; Democracia do cabresto; Dois pesos, duas medidas; Por baixo do pano; Faturadinha pepebista; Mentalidade antiga

Governo dividido
Devido à guerra entre PSDB, PFL e PMDB, começa a fazer água a intenção de FHC de reformar o ministério em dezembro. O presidente abriria outra frente de batalha. A tendência é deixar para abril, nomeando os atuais secretários-executivos.

Evitando marola
Se a reforma ministerial ficar para abril, ela torna menos atraente as pastas, pois o novo mandato presidencial começaria dali a oito meses. E FHC governaria com equipe mais ligada a ele (os secretários-executivos).

Não leva fé
Do tucano Ciro Gomes, sobre a criação de um novo partido de esquerda unindo dissidentes do PT, PSDB e PMDB com PSB e PPS: "Não creio nisso para 98".

Mantendo a tradição
O vereador Carlos Neder (PT), que começa hoje a colher assinatura para a CPI do frango em São Paulo, diz que o PSDB está no muro: "Os tucanos não deveriam só cantar de galo, deveriam também apoiar a comissão".

Tapas e rasteiras
A briga entre PSDB, PFL e PSDB promete subir de temperatura daqui até 98. "Se os partidos aliados não se entendem nem para fazer a lei eleitoral, imagine durante a eleição", diz Henrique Alves (PMDB-RN).

Última instância
O advogado Roberto Teixeira recorreu ao Diretório Nacional contra a decisão da comissão que analisou as relações da Cpem com prefeituras do PT. Por isso não saiu decisão sobre o assunto, na reunião de sábado.

Loja de conveniência
Um setor do PMDB está de olho na disputa entre Sérgio Motta e o PFL pelo comando da campanha da reeleição. Vislumbra aí a chance de crescer na aliança. Apoiando Serjão.

Luta interna
Os aliados do PT esperam mais uma crise com o partido neste fim-de-semana. A esquerda da sigla, que jogou contra as alianças no último pleito em Belo Horizonte, vencerá em Minas.

Cabo reeleitoral
O Ministério do Planejamento vai contratar uma empresa de publicidade para divulgar o plano "Brasil em Ação". Serão R$ 7 mi em 97 e R$ 28 mi no ano da reeleição, 98. Os envelopes serão abertos no final de agosto.

Confusão armada
Critério para dividir financiamento público exclusivo a candidatos a presidente e governador: votação de cada partido para deputado em 94. A idéia do relator da lei eleitoral, Carlos Apolinário, beneficia PMDB, PL, PPB e esquerda (maioria juntos).

Reação governista
FHC define hoje com os líderes da base aliada o que é do interesse do governo na lei eleitoral. Para que não haja confusão com o interesse de cada partido.

Democracia do cabresto
Por um voto, o Diretório Nacional do PT derrubou proposta de debate via Embratel entre Zé Dirceu e Milton Temer, candidatos à presidência do partido. Justificativa: gastaria dinheiro e não mudaria o voto de ninguém.

Dois pesos, duas medidas
O socorro que o governo pensa em dar à Encol pode se refletir no julgamento do dissídio de 96 dos bancos oficiais. Ministros do TST acham que a ajuda oficial os deixará sem argumentos para negar aumento aos bancários.

Por baixo do pano
Maluf tem estimulado os deputados do PPB a baterem o pé pela redução do tempo de TV do PFL na lei eleitoral. Quer reduzir o preço da eventual aliança com o partido em São Paulo.

Faturadinha pepebista
Com a ida de Ayres da Cunha (PFL-SP) para a Secretaria da Educação de Pitta, o tucano José Abrão assume uma vaga na Câmara. Os malufistas estão vendendo a escolha como um gesto de boa vontade com FHC.

Mentalidade antiga
O Conselho da Condição Feminina de São Paulo obteve verba federal para curso de atualização profissional das delegadas da mulher. É a primeira iniciativa desse tipo desde que as delegacias foram criadas há 12 anos.

TIROTEIO
De Paulo Bernardo (PT-PR), sobre a proposta de Roberto Freire de criar um novo partido de esquerda com PPS, PSB e dissidentes de PT, PMDB e PSDB:
- Vão criar o PSDB do B. Isso está mais para um anteparo para proteger FHC do que para uma alternativa de esquerda.

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