São Paulo, terça-feira, 12 de agosto de 1997
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Bolsa fecha em baixa e câmbio fica tenso

VANESSA ADACHI
DA REPORTAGEM LOCAL

A Bolsa de Valores de São Paulo ignorou a recuperação ocorrida em Nova York no final do dia e fechou em baixa de 1,48% ontem.
Durante todo o pregão, as duas Bolsas estiveram "coladas" e Nova York foi o principal argumento para a queda da Bovespa.
A liquidação de mais oito instituições financeiras não chegou a afetar o mercado acionário.
Os boatos das últimas semanas incluíam nomes de peso e o fato de a lista trazer apenas instituições menores fez com que não houvesse pânico.
Mas a declaração do diretor do Banco Central Cláudio Mauch de que as liquidações não chegaram ao fim teria sido uma das razões que impediram a Bolsa paulista de acompanhar Nova York na recuperação do fim do pregão.
Outra justificativa continua sendo a proximidade do vencimento de opções e do Ibovespa futuro.
O Ibovespa futuro vence amanhã e, de acordo com operadores, os vendidos (aqueles que ganham com a baixa) parecem estar com força, tentando impedir a reação da Bolsa.
O mercado de câmbio teve um dia mais nervoso que a Bolsa e o dólar futuro foi pressionado para cima.
No mercado à vista, também houve pequena elevação, embora o fluxo de dólares pelo comercial e pelo flutuante continue com grande saldo positivo neste início de mês -em torno de US$ 3 bilhões.
A liquidação das instituições financeiras envolvidas no escândalo dos precatórios foi uma das causas do nervosismo.
Os contratos de dólar com vencimento em setembro subiram 0,05% na BM&F, os de outubro tiveram alta de 0,08%, e os de novembro, 0,07%.
O colunista da Folha Elio Gaspari ajudou a mexer com os ânimos depois de publicar no último domingo que o governo esteve prestes a abandonar o sistema de bandas cambiais, para atrelar o real a uma cesta de moedas.
O projeto teria sido engavetado em função da crise no Sudeste Asiático, em meados de julho. Durante o dia, a alta dos juros norte-americanos deu mais gás ao dólar.
Os juros subiram na BM&F. Os contratos de DI (interbancário) com vencimento em outubro, que projetam a taxa de setembro, subiram de 1,62% para 1,63%.

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