São Paulo, quarta-feira, 13 de agosto de 1997
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Advogado critica relatório

DA SUCURSAL DO RIO

O advogado Sérgio Bermudes, que representa a família Magalhães Pinto, disse ontem que o relatório do inquérito da Polícia Federal que investigou as supostas fraudes no Banco Nacional é "juridicamente irrelevante".
"O relatório não obriga nem o Ministério Público (Procuradoria da República) nem o juiz de direito", disse Bermudes.
"Tanto é assim que há na Justiça a repetição de todas as atividades feitas no inquérito", afirmou o advogado.
Parcialidade
O defensor dos Magalhães Pinto afirmou que "a autoridade policial foi virtualmente parcial" e disse que não houve desvio de recursos no caso.
"O relatório não mostra desvio de dinheiro em proveito da família ou de quem quer que seja", afirmou.
"Isso demonstra o seguinte: o que quer que tenha sido feito no Nacional tinha o objetivo de salvar o banco."
Bermudes disse também que os procuradores Silvana Batini e Rogério Nascimento -que afirmaram que a existência de lucro ou prejuízo no caso não tem importância, já que as operações expuseram o sistema financeiro a risco- mudaram de opinião.
"Os procuradores deram uma grande guinada", afirmou ele. "Inicialmente, sustentavam, sem conhecimento de causa, que houve desvio de dinheiro."
Fraude
Sérgio Bermudes disse também que não aconteceu qualquer tipo de fraude no Interbanco, diferentemente do que supõe a Polícia Federal.
"Isso não existe e já foi explicado", afirmou o advogado. "O relatório do inquérito enviado ontem ao Ministério Público não trouxe nenhuma novidade sobre isso."
O advogado também questionou a validade dos laudos contábil e de informática produzidos no inquérito da Polícia Federal.

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