São Paulo, quarta-feira, 13 de agosto de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Estado dá vacina anti-sarampo nas escolas

DA REPORTAGEM LOCAL

O fim das férias escolares levou alguns núcleos do CVE (Centro de Vigilância Epidemiológica) que atuam na cidade de São Paulo a intensificar o trabalho de vacinação contra sarampo em escolas e creches que registraram casos suspeitos da doença.
"Já fomos chamados para fazer vacinação em cerca de 70 escolas", disse Maria Amelia Sakamiti, diretora do núcleo 2 do CVE, que atua na zona sul da capital paulista, uma das áreas mais atingidas pela epidemia de sarampo.
Segundo Maria Amelia, o trabalho de vacinação em escolas, que havia sido iniciado em junho e interrompido em julho devido às férias, voltou a ser feito com grande intensidade agora em agosto.
"As escolas são um importante vetor de transmissão do sarampo entre crianças", disse Arlete Solera, diretora do núcleo 5 do CVE, que atua em partes da zona leste, sudeste e sudoeste da capital.
Segundo Arlete, seu núcleo já foi chamado para promover vacinações em cerca de 30 escolas e creches de sua área de atuação.
Há casos registrados tanto em escolas públicas como privadas.
A escola municipal Professor João Carlos da Silva Borges já registrou dois casos de sarampo -um entre os professores e outro num aluno do curso noturno.
Escolas particulares da capital, como o Externato Nossa Senhora do Morumbi e o Oswald de Andrade, também já registram casos da doença, segundo suas direções.
O CVE (Centro de Vigilância Epidemiológica) não tem dados específicos sobre casos confirmados de sarampo adquirido em salas de aula.
Por precaução, o CVE pede que os pais não mandem seu filho à escola se suspeitam que ele possa estar com sarampo. As escolas devem comunicar à vigilância epidemiológica caso haja algum caso suspeito de sarampo entre seus alunos, professores ou funcionários.
Doença altamente transmissível -pode ser transmitida pela saliva por meio de um espirro-, o sarampo tem seu poder de contaminação aumentado no inverno, quando as pessoas ficam em ambientes fechados, com pouca circulação de ar e cheio de gente.
Para as crianças, as escolas acabam sendo um local de alto risco de contaminação devido à aglomeração de alunos nas salas de aula.
O sarampo causa febre alta, coriza, conjuntivite e manchas vermelhas pelo corpo. Em casos mais graves, pode levar à morte.
Cinco crianças com menos de 5 anos de idade já morreram neste ano por causa da doença na Grande São Paulo.
Campanha
No próximo sábado, junto com a campanha federal de vacinação contra poliomielite, haverá campanha estadual de imunização contra o sarampo.
Todas as crianças entre 6 meses e menos de 5 anos de idade -mesmo que estejam com a vacinação em dia- devem tomar a vacina conta o sarampo.

Texto Anterior: Pêlo; Coisa estranha; Lúdica
Próximo Texto: FHC faz apelo para que pais vacinem filhos
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.