São Paulo, quarta-feira, 13 de agosto de 1997
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Juiz proíbe Frepaso de usar seu nome

Ex-candidato reclama a sigla

FERNANDO GODINHO
DE BUENOS AIRES

A Justiça federal da Argentina decidiu ontem que a Frepaso (Frente País Solidário), que integra com a UCR (União Cívica Radical) a aliança eleitoral das oposições, não poderá utilizar esse nome para disputar as eleições de outubro.
O prazo para o registro dos candidatos termina no próximo dia 26 de agosto. A decisão do juiz Claudio Bonadío foi tomada a partir de um pedido do ex-candidato a presidente José Octavio Bordón.
Ele alega não querer que o nome do seu partido (País) seja relacionado com os candidatos da oposição. O nome Frepaso surgiu em 1994, a partir de uma fusão do País com a Frente Grande.
Ex-candidato
Bordón foi o candidato da Frepaso nas eleições presidenciais de 1995, obtendo 29,2% dos votos e chegando em segundo lugar -perdeu para Carlos Menem, que, com 49,9% dos votos, se reelegeu presidente.
Atualmente, Bordón disputa um cargo de deputado nacional pela Província de Mendoza e articula o lançamento de outras candidaturas do seu partido na cidade de Buenos Aires e nas Províncias.
Recurso
Os representantes da Frepaso já anunciaram que vão apelar à Câmara Eleitoral para que a sentença do juiz Claudio Bonadío seja anulada.
A candidata da aliança opositora a deputada nacional pela Província de Buenos Aires Graciela Fernández Meijide (Frepaso) disse ontem que o presidente Menem "está por trás" da decisão do juiz Bonadío.
Ela lembrou que o juiz já foi subordinado ao ministro do Interior do governo Menem, Carlos Corach, um dos principais articuladores políticos do presidente.
A aliança das oposições está com a vitória praticamente assegurada na capital federal e disputa a preferência dos eleitores na Província de Buenos Aires -a principal do país- com o Partido Justicialista (do presidente Menem).

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