São Paulo, sexta-feira, 15 de agosto de 1997
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Pitta diz que Justiça vai inocentá-lo

DA REPORTAGEM LOCAL; DA ENVIADA ESPECIAL A SÃO CARLOS (SP)

O prefeito de São Paulo, Celso Pitta, disse ontem que será inocentado na Justiça das acusações feitas pela CPI dos Precatórios.
Anteontem, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado manteve o relatório de Roberto Requião (PMDB-PR), que acusa Pitta, então secretário das Finanças de São Paulo, de irregularidades na emissão de títulos públicos na gestão Paulo Maluf (93/96).
Agora o relatório será enviado ao Ministério Público, que poderá entrar com ação na Justiça contra Pitta e os demais acusados de envolvimento -entre eles, Maluf.
"Com a conclusão dos trabalhos da CPI, o caso passa para a esfera do Judiciário, onde haverá um julgamento com total isenção e imparcialidade", afirmou Pitta.
"A Justiça dará, com toda certeza, um veredicto favorável a nós", afirmou, referindo-se a Maluf.
Segundo o prefeito, os trabalhos da CPI tiveram uma conotação eminentemente "política". Pitta usa o mesmo termo para qualificar todas as acusações que sofreu desde que assumiu a prefeitura.
"Estamos em uma pré-campanha para a eleição de 98. Uma pré-campanha que já está tendo uma conotação bastante violenta por parte dos opositores das administrações Maluf e Pitta", disse.
Pitta afirma que as acusações vão continuar até 4 de outubro de 1998 -data prevista para o primeiro turno das eleições-, mas considera que a sua imagem e a de Maluf não serão abaladas.
Maluf
Em São Carlos (SP), Maluf afirmou que a decisão da CCJ é "soberana". "Não há o que reclamar. Mas, no que se refere a mim, a primeira decisão foi modificada. O relator Roberto Requião verificou que o relatório do Banco Central (sobre as irregularidades) nunca foi entregue a mim."
Na opinião de Maluf, a ex-prefeita Luiza Erundina (PT) e o governador Mário Covas (PSDB) usaram o mesmo procedimento que Pitta na emissão de títulos.
"Por que ninguém fala em convocá-los para depor sobre isso? Porque eles não assustam mais ninguém, e nós estamos em primeiro nas pesquisas."

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