São Paulo, sexta-feira, 15 de agosto de 1997 |
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Ruralistas ameaçam contra-atacar MST
JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
A tensão cresceu na região desde segunda-feira, quando o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) anunciou o fim da trégua às invasões de terras. A UDR reuniu 25 fazendeiros ontem, em Presidente Prudente (580 km a oeste de São Paulo), para tratar da defesa conjunta nas fazendas. Segundo a UDR, os ruralistas farão vigília para deslocar grupos armados, "se for preciso". Além disso, para cada invasão, os ruralistas pretendem atacar propriedades, máquinas e incendiar barracos dos sem-terra, caso o patrimônio das propriedades tenha sido danificado pelo MST. Um dos fazendeiros, sem se identificar, afirmou que já formou grupos na área de Sandovalina (640 km a oeste de São Paulo). No domingo, querem fazer uma demonstração de força na fazenda São Domingos, em Teodoro Sampaio (710 km a oeste de São Paulo), junto a acampamento do MST, que pretende reunir 3.000 famílias. Segundo a Agência Folha apurou, há correntes na UDR a favor da invasão de assentamentos improdutivos. O advogado dos ruralistas, Rubens Aguiar Filgueiras, exibiu ainda parecer jurídico que considera legítimo o uso da força na defesa da propriedade. Outra estratégia seria incendiar barracos do MST, quando estiverem vazios. Covas O governador de São Paulo, Mário Covas, afirmou ontem que a segurança nas fazendas do Pontal do Paranapanema já está reforçada e que o Estado não tem condições de impedir a invasão das fazendas. Texto Anterior: Índios libertam três funcionários da Funai; Sem-terra entram em choque com a polícia; Três fazendas são desapropriadas no RS; Vice do Amapá deixa o PT e fica sem partido; Polícia do RS ameaça retomar movimento; Deputado investiga compra de terreno Próximo Texto: Ministro apóia ruralistas Índice |
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