São Paulo, sexta-feira, 15 de agosto de 1997 |
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Bando faz 25 reféns durante assalto a banco
MARCELO OLIVEIRA
Dois funcionários do banco foram usados como escudos pelos quatro acusados, que mantiveram outras 25 pessoas, entre clientes, seguranças e funcionários do banco, como reféns. Todos ficaram trancados no cofre e na cozinha da agência. Nenhum refém foi ferido e os quatro acusados se entregaram e foram presos em flagrante. A polícia apreendeu quatro armas, um Gol e uma moto que pertenceriam ao grupo. Os quatro acusados -Luís Carlos Ventura Calhedo, 23, Edison Mendonça, 25, Evandro Silva Gonçalves, 29, e Claudenice Maria da Silva, 24- teriam invadido a agência por volta das 12h30 armados de revólveres e pistolas. O local estava lotado. O grupo rendeu os funcionários e trancou reféns no cofre e na cozinha da agência. Um cliente que conseguiu sair do Bradesco, segundo o delegado Vilson Genestretti, da 7ª Delegacia Seccional-Leste, que negociou com os acusados, avisou o investigador Nelson Eduardo Souza, do 59º DP (Jardim dos Ipês), que passava pelo local com um colega em um carro do DP. Ao perceberem a presença da polícia, os acusados atiraram e uma bala atingiu o policial nas nádegas. Nelson revidou e acertou Calhedo na perna. O tiro ainda atingiu um dos testículos do assaltante, que acabou detido. Nelson foi medicado no hospital Tide Setúbal, em São Miguel (zona leste) e foi dispensado. Calhedo foi operado e está internado, em observação. Policiais da 7ª Seccional e do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) da PM chegaram ao banco e iniciaram a retirada dos clientes que ficaram na frente da agência. Segundo Genestretti, os policiais abriram com uma pedrada um buraco no vidro da porta da frente da agência, por onde passaram os clientes. Nesse ínterim, os assaltantes atiraram várias vezes em direção aos policiais, que ainda tiveram de se preocupar em afastar os curiosos, que, a essa altura, já se aglomeravam na avenida Marechal Tito. "Não podíamos atirar, pois eles usavam os dois funcionários do banco como escudos, mas o momento mais tenso foi quando as equipes de TV chegaram, pois os assaltantes não queriam que a imprensa acompanhasse as negociações, temendo ser reconhecidos." O delegado disse que os acusados não seriam agredidos no trajeto entre o banco e o 50º DP (Itaim Paulista), onde eles foram autuados em flagrante. Por volta das 16h, os assaltantes se entregaram, libertando os dois reféns: os subgerentes Marcos Antonio Rodrigues Pereira e Ricardo Souza Franco, ambos de 30 anos. Muito nervosos, os dois foram levados para o hospital Tide Setúbal, onde foram medicados. Se tivessem concluído o roubo, os assaltantes levariam R$ 4.225,00 que conseguiram retirar dos caixas antes da chegada da polícia. Texto Anterior: Chega de notícia ruim Próximo Texto: Morador pede lombadas em rua à CET Índice |
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