São Paulo, sexta-feira, 15 de agosto de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Lula vira alvo em racha no congresso da CUT
SÉRGIO LÍRIO
Ontem, o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Ricardo Berzoini, criticou os comentários sobre as disputas internas na central feitos por Lula na abertura do 6º congresso nacional da central, iniciado anteontem. É a primeira vez que um dirigente da Articulação, a mesma de Lula, critica o presidente de honra do PT, um dos símbolos do movimento sindical brasileiro. "Uma coisa precisa ficar clara. Na democracia, tem um momento que um lado ganha e, a partir daí, não tem mais proposta de perdedor", disse Lula na abertura. Segundo ele, não adiantaria nada que o congresso da CUT terminasse com metade dos delegados desconfiando da outra metade. A declaração foi recebida como uma crítica aos bancários, que criticaram a decisão de Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, de concorrer a mais um mandato na CUT. 'Eu acho que os perdedores podem, sim, polemizar com os vencedores. Eu acho até que o Lula tem todo o direito de polemizar com o FHC", respondeu Berzoini. Centralismo democrático Para ele, as declarações de Lula são sinal de centralismo democrático. Conceito leninista -vindo de Lênin, líder da revolução bolchevique de 1917-, o centralismo democrático ocorre quando a direção de um órgão toma uma decisão e obriga a base se submeter a elas, sem discussão. "Se as declarações de Lula se referem a nós ou a outro setor, não importa, mas acho que ele está equivocado", afirmou. Texto Anterior: Demissões começam em setembro Próximo Texto: Para acabar com crise, central pode ter 'super' vice-presidente Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |