São Paulo, sexta-feira, 15 de agosto de 1997
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Buñuel e seu Simão

INÁCIO ARAUJO
DA REDAÇÃO

"Simão do Deserto" são apenas 45 minutos de filme. Não era preciso mais para Luís Buñuel, nesta obra-prima de 1965.
O diretor espanhol -aqui trabalhando no México- retomou aqui sua idéia de fazer um filme baseado em São Simeão Estilita, eremita do século 4 que viveu mais de 40 anos no alto de uma coluna, a fim de melhor se afastar do mundo e estar próximo de Deus.
Buñuel trata o santo com o misto de sarcasmo e fascínio que balizavam suas relações com o catolicismo. E que o final -quando a tentação demoníaca (representada por Silvia Piñal) nos faz saltar, subitamente para o século 20, Buñuel executa um movimento tão delirante quanto agudo. Ele e Simão eram, cada um de um modo, visionários habitados pelo demônio.
(IA)

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