São Paulo, sexta-feira, 15 de agosto de 1997
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Nova Osesp planeja 20 concertos para 97

IRINEU FRANCO PERPETUO
ESPECIAL PARA A FOLHA

A nova Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) cobrará ingressos para seus concertos.
As entradas para as apresentações no Memorial da América Latina devem custar entre R$ 10 e R$ 30, e um esquema de assinaturas está sendo planejado para o ano que vem.
Após o concurso encerrado na última semana, a Osesp ficou com 66 integrantes, com média de idade de 30 anos. Apenas 23, dos 270 inscritos, foram aprovados nos testes.
Como a meta é chegar a 118 músicos, já estão marcados novos exames para novembro, em Paris (harpa) e Nova York (todos os naipes).
A Osesp começa a ensaiar em 18 de agosto, e se apresenta pela primeira vez no dia 23, em Tatuí, sob a regência de Roman Brogli, titular da orquestra de Halle (Alemanha).
A estréia na capital acontece em 12 e 13 de setembro, no Memorial da América Latina, com regência do consultor artístico da Osesp, John Neschling, e um programa que inclui a ópera da abertura "Il Guarany", de Carlos Gomes", a "Sinfonia nº 4", de Mendelssohn, e o "Concerto para Violoncelo nº 1", de Haydn, com solo de Antonio Meneses.
20 concertos
Ao todo, a orquestra fará 20 concertos no Memorial e dez no interior do Estado, além de quatro apresentações com o New York City Ballet, no início de outubro, no Teatro Municipal.
Entre os solistas convidados, destaque para a norte-americana Kim Kashkashian, considerada uma das melhores do mundo em seu instrumento, a viola, e o respeitado pianista francês Michel Dalberto.
Em 16 de outubro, a Osesp resgata a ópera "Jupira", do carioca Francisco Braga (1868-1945), que também terá a partitura editada pela orquestra.
A temporada se encerra em 20 e 21 de dezembro, com uma raridade. Será apresentada, na íntegra, o "Oratório de Natal", de Johann Sebastian Bach, com o maestro Martin Sieghart.
A Osesp deve tocar no Memorial até o final de 98 -prazo previsto para o fim das obras de sua nova sede, a Sala Júlio Prestes.
Em março do ano que vem, a ópera "La Cenerentola", de Rossini, deve inaugurar o Teatro São Pedro, que está sendo restaurado e vai abrigar espetáculos de música de câmera.
Ainda em 98, Neschling pretende gravar, com a orquestra, um CD com obras de compositores latino-americanos.
Estão programadas as gravações das peças "Variações Concertantes", do argentino Alberto Ginastera, a "Sinfonia nº 4", do mexicano Carlos Chávez, e "Choros nº 10", do brasileiro Heitor Villa-Lobos.

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