São Paulo, sexta-feira, 15 de agosto de 1997 |
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Seleção foi uma das mais fracas da história do festival
AMIR LABAKI
Já "Território Comanche", do espanhol Gerardo Herrero, dramatiza as atividades de um jornalista na guerra da Iugoslávia e fecha a competição latina. Os curtas da noite são "Dois na Chuva", de Miguel Przewodowski, e "Decisão", de Leila Hipólito. O balanço até aqui confirmou, exceto na safra de curtas, uma das seleções mais fracas da história do festival. A disputa latina parece campeonato de segunda divisão e a brasileira reúne de fato não mais que três filmes ("Bocage", "For All", "Matadores"). A cegueira da curadoria ganhou novas proporções após o sucesso da projeção de "Bocage, O Triunfo do Amor" na noite de anteontem. O terceiro longa-metragem de Djalma Limongi Batista, excluído como todos os brasileiros da disputa internacional, é o mais contundente manifesto pela integração latina. Mais que isso, é o mais ousado filme de todas as competições. "Bocage" recusa o biografismo e recupera o espírito a um só tempo lírico e desbocado da poesia de Bocage (1765-1805). A beleza e a sofisticação de "Bocage" faz com que se relevem pequenos problemas como a irregularidade do elenco ou a timidez gráfica das legendas. É um oásis neste festival. O crítico Amir Labaki viaja a Gramado a convite da organização do festival. Texto Anterior: 'Lua' vai ao Mercosul Próximo Texto: Festival em Belo Horizonte espera movimentar 100 mil Índice |
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