São Paulo, domingo, 17 de agosto de 1997
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Operação é a única alternativa

JAIRO BOUER
ESPECIAL PARA A FOLHA

Para os pacientes que têm sua vida muito limitada e que dependem de balões de oxigênio para viver, a cirurgia para enfisema pode ser a única alternativa de tratamento.
Até recentemente, muito pouco podia ser feito por essas pessoas. O consumo de cigarro por 20, 30 anos acaba levando a uma destruição das estruturas de troca gasosa dos pulmões (alvéolos).
Sem alvéolos, a pessoa não oxigena seu sangue de forma adequada e passa a ter uma sensação crônica de falta de ar.
Nos estágios mais avançados, a pessoa mal pode sair da cama e depende de suprimento externo de oxigênio para sobreviver. Há um emagrecimento e uma perda da massa muscular.
Antes da cirurgia, o paciente deve parar de fumar, recuperar parte do peso e fazer fisioterapia respiratória. Parar de fumar impede a evolução da doença, mas altera muito pouco o "estrago" que já foi feito. A única alternativa para os casos mais graves de enfisema era o transplante de pulmão, com altas taxas de infecção, rejeição e mortalidade precoce.
A cirurgia de redução pulmonar não é exatamente uma novidade. Ela já foi tentada nos anos 50. Mas, na época, com poucos recursos, a cirurgia tendia ao fracasso.
Na nova fase (depois de 94), cerca de 500 pessoas já foram operadas no mundo todo. Cerca de 50 delas no Brasil. Bilacchi diz que já operou 10 pacientes em Rio Preto e que eles puderam retomar suas atividades habituais.
(JB)

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