São Paulo, domingo, 17 de agosto de 1997
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Tratamentos ganham padrão

AURELIANO BIANCARELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Os manuais norte-americanos aconselham os pacientes de câncer a procurarem mais de um especialista. Claudio Ferrari, oncologista e co-autor de um livro sobre a doença, diz que o mais importante é a confiança estabelecida entre paciente e médico.
A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (tel. 031-236-6343) poder informar se o médico é ou não filiado à sociedade.
As incertezas -de pacientes e profissionais- trouxeram à tona a necessidade de um consenso, procedimentos padrões a serem adotados em cada tipo de câncer, prática comum nos EUA. A equipe de colo-proctologia da PUC de Campinas, por exemplo, participou do consenso adotado no mês passado por dezenas de sociedades reunidas na Filadélfia (EUA).
A partir de centenas de casos relatados, os especialistas decidiram que tumores localizados na mucosa do intestino devem ser tratados apenas com a retirada do tumor. E que, nos casos mais avançados, deve-se empregar radioterapia antes da cirurgia.
A decisão vem salvando pacientes que antes seriam submetidos a uma cirurgia radical e mutiladora, com a retirada do intestino e toda musculatura que envolve o ânus.
A proctologista Sandra Pedroso de Moraes, da equipe da Puccamp, vem há anos defendendo a conduta agora adotada. Um dos pacientes de Sandra, o comerciante E.N.B., 45, de Americana, submeteu-se a uma cirurgia local um ano atrás. Um mês depois, retomou suas atividades. A primeira equipe que E.N.B. consultou defendia uma cirurgia radical. "Se tivesse concordado, minha vida teria acabado", diz. Segundo a equipe da PUC, parte dos proctologistas ainda continua retirando o ânus e todo o intestino.
(AB)

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