São Paulo, domingo, 17 de agosto de 1997
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Empregado deprimido rende mais

Resultado surpreende psicólogo

DO "USA TODAY"

Tristeza, angústia e tédio. Essas palavras podem interessar aos chefes. É que um novo estudo feito pelo professor de psicologia do Norwegian College of Business, em Oslo (Noruega), Geir Kaufmann, 52, indica que pessoas infelizes trabalham melhor do que aquelas que esbanjam alegria.
"Fui surpreendido pelo resultado. Esperava o oposto." Kaufmann diz que as pessoas testadas que eram alegres superestimaram as próprias habilidades, subestimaram a complexidade dos problemas levados a elas e tiveram uma tendência a optar por respostas que pareciam fáceis e óbvias.
Já as tristes foram menos autoconfiantes, analisaram a fundo e encontraram respostas mais criativas. "Há evidências de pessoas que têm uma performance melhor quando estão deprimidas."
Para testar o efeito do temperamento no trabalho, 91 estudantes, de segundo e terceiro graus, foram divididos em três grupos. Ao primeiro, foi exibido um filme agitado; ao segundo, um depressivo; ao último, um documentário neutro.
Antes e depois, foram feitas perguntas para induzi-los a respostas simples e superficiais, e não à melhor solução. "O grupo que assistiu ao filme agitado deu respostas pobres, mas fáceis, enquanto o grupo que viu o filme depressivo apresentou respostas menos óbvias, porém mais criativas."

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