São Paulo, domingo, 17 de agosto de 1997 |
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Maestro virtual organiza sons
DA REPORTAGEM LOCAL "Toco quase tudo e mesmo os instrumentos que não toco conheço muito bem." Para o chileno Pepe Ávila, 70, o bom regente deve partir desse princípio.Ele afirma que o profissional precisa sentir como se estivesse em uma construção. "Você deve ser pedreiro, arquiteto e engenheiro, pois é necessário conhecer tudo: do alicerce ao acabamento final." Hoje, ele já não atua como maestro convencional, mas virtual. Depois de trabalhar por 15 anos pela gravadora RCA, Ávila deixou a batuta de lado e passou a viver de experimentos em uma salinha de seu apartamento, em São Paulo. E, apesar da idade, mostra-se grande entendedor das tecnologias ligadas à música. "Passo 24 horas por dia mexendo em meu computador. Sempre aprendi por conta própria e agora não está sendo diferente." Dessa forma, ele cria arranjos, monta a partitura de uma música e, na função de maestro virtual, organiza todos os sons de instrumentos previamente sintetizados. "Paguei cerca de R$ 4.000 pelo programa. Isso sem contar o dinheiro que gasto em traduções de livros e manuais sobre o assunto." Ele afirma também que, atualmente, para o músico ser completo, precisa acompanhar a modernidade. "Já estou ensinando tudo ao meu neto de dez anos para que ele possa seguir os meus passos." Texto Anterior: Regentes orquestram novos trabalhos Próximo Texto: Empregado deprimido rende mais Índice |
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