São Paulo, domingo, 17 de agosto de 1997
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Verão no Canadá

LUCIA MARTINS

Em agosto, Montreal fica com os bares lotados
Uma cidade localizada em uma ilha, com uma das maiores rendas per capita do mundo e onde a maioria da população é bilíngue. Com a vantagem adicional no verão: todos ficam mais bronzeados que no Rio de Janeiro.
Assim é Montreal (ou Mónt Real) em agosto. A temperatura não fica abaixo dos 20°C, e a impressão é que todos estão de férias, já que é difícil ver alguém usando alguma coisa diferente de short/minissaia e chinelos.
A cidade pertence à província canadense de Québec (majoritariamente francesa) e é dividida entre uma área francesa e outra inglesa. Outdoors, cardápios, canais de televisão e até cervejas estão nas duas línguas.
Bom para praticar, mas nem sempre para se comunicar em bares. "A gente nunca sabe que língua falar, tenta adivinhar pela cara, mas, às vezes, se engana", disse uma garçonete, após tentar servir falando francês em um bar na zona do porto.
O porto é a região mais antiga e mais agitada. Os bares (todos com mesinhas e guarda-sóis) ficam lotados dia -o que significa pelo menos até as 20h30, quando ainda há luz do sol- e noite.
A maioria das pessoas passa o dia bebendo. Nada mau ficar sentando em um bar ao redor de praças floridas com vista para o mar. O único problema é que qualquer garrafa pequena de cerveja custa cerca de US$ 5.
Quem não está nos bares está fazendo algum tipo de exercício físico. Há verdadeiros congestionamentos de bicicletas, patins e charretes. Como as distâncias são pequenas entre as duas cidades -a mais antiga, do porto, e a mais nova, dos shoppings, cinemas e restaurantes-, é possível conhecer quase tudo andando. Da parte mais antiga (uma espécie de Paraty, RJ) à mais nova são cerca de 15 minutos a pé.
Na parte mais nova, Montreal é outra. São prédios modernos, dezenas de shoppings subterrâneos (condição adequada aos meses de inverno quando a temperatura chega -e se mantém- a -20°C) e muitos cinemas.
Um aspecto facilmente notado na cidade é o gosto pelo design. Vale a pena visitar exposições de jóias ou móveis, por exemplo, principalmente aqueles feitos por artistas de Montreal.
Tudo politicamente correto. Dois exemplos: um dos souvenires da cidade são jóias feitas de prata e restos dos telhados de casas antigas conseguidos após reformas. E os cavalos que puxam as charretes pela cidade usam espécies de "fraldas", para não sujar as ruas.
Por fim, quem for a Montreal tem a obrigação de conhecer o mais famoso ponto turístico: o monte Real. Uma espécie de Pão-de-Açúcar canadense, com vista de toda a cidade.

ONDE ENCONTRAR Vôos para Montreal, Canadá. Varig: US$ 1.262. Canadian Airlines: US$ 960. Vôo para Toronto, Canadá. Vasp: US$ 900. Todas têm permanência mínima de sete dias e máxima de dois meses.

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