São Paulo, domingo, 17 de agosto de 1997
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Brandy Jaguar 100 é muito ágil no trânsito

JOTA SANTANA
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Um veículo curto, com o guidão quase sobre a roda dianteira e equipado com um motor de respostas rápidas e aceleração automática.
Essas são as principais características do "scooter" (pequena moto sem marchas) Brandy Jaguar 100, de R$ 3.450. A pequena distância entre os eixos e o acelerador, sensível a qualquer toque, são responsáveis pela sua maior virtude: a agilidade no trânsito.
Mas é uma pena que suas suspensões não estejam dimensionadas para dar uniformidade ao desempenho do conjunto. O que dá até para entender, já que os autores do projeto original italiano não conheciam a qualidade (ruim) do asfalto das cidades brasileiras.
Por isso o sistema de fixação da carenagem não resiste. Seus pontos de interligação com o chassi são frágeis e acabam soltando, por causa da intensa trepidação.
Esse problema obriga que as revisões de manutenção sejam feitas com maior regularidade.
Além do seu desempenho ágil e desembaraçado no trânsito, a economia de combustível é outro ponto de destaque: com os quatro litros de capacidade do tanque (o que significa pouco mais de R$ 3), é possível rodar mais de 100 km.
Sua capacidade para transportar pequenas cargas é muito boa, desde que o motociclista aprenda a usar o espaço vazio onde ficam os pés e o baú que há sob o banco (destinado ao capacete na hora de deixar a moto estacionada).
Os freios também merecem destaque. O pequeno disco dianteiro garante paradas em espaços curtos. A eficiência é complementada pelo freio traseiro a tambor.
Apesar da simplicidade dos comandos da Jaguar 100 -basta acelerar e frear, como numa bicicleta-, é um veículo que exige uma boa dose de habilidade e experiência antes de enfrentar as ruas.
Sua capacidade de levar um passageiro, além do piloto, está restrita à fragilidade da suspensão traseira. O motor até que aguenta. Mas viajar com mais de 120 kg ou 130 kg (duas pessoas de 65 kg) sobre a moto pode comprometer muito o pequeno amortecedor.
Os projetistas poderiam ter encontrado uma solução menos trabalhosa para o reabastecimento de óleo. É preciso ter sempre à mão uma chave Philips para abrir a carenagem, sob o banco, toda vez que a luz-espia no painel indicar que o reservatório está vazio.

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