São Paulo, quarta-feira, 20 de agosto de 1997
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Briga de vizinho; Mamata agrária 1; Mamata agrária 2; Defensiva total; Custo-benefício; Alvo certo; Recado presidencial; Pele de cordeiro; O calote continua; Pressões de bastidor; Entregando os anéis; Reconstruindo pontes; Gol contra; Mágoa no armário; Censura petista; No mesmo saco

Briga de vizinho
FHC planejava fazer escala em Buenos Aires, a caminho da reunião do Grupo do Rio, sábado, em Assunção, para falar com Menem. Desistiu depois que Menem disse ser contra o Brasil no Conselho de Segurança da ONU.

Mamata agrária 1
Seligman (Incra) quer mudar os 144 critérios legais para os assentamentos de sem-terra se emanciparem (parar de receber dinheiro subsidiado para reforma agrária). A Anoni, assentamento modelo mais antigo do MST, até hoje não se emancipou.

Mamata agrária 2
Segundo Seligman, se assentamentos rurais que se desenvolveram economicamente deixassem de receber dinheiro do governo, sobraria mais dinheiro para novos assentamentos.

Defensiva total
Maluf desistiu de encontrar FHC ontem por dois motivos. Pegaria mal ir a um coquetel em Brasília no último dia da CPI dos Precatórios, já que ele fugiu de depor. Acuado com o "frangogate", não quer constranger FHC e soterrar o canal reaberto.

Custo-benefício
Deputados diziam ontem que o Senado, presidido por ACM, paga R$ 3,8 mil em auxílio-moradia. A Câmara, R$ 3 mil. Outro dado da guerrinha: o orçamento anual da Câmara é de R$ 730 mi; o do Senado, R$ 660 mi.

Alvo certo
O MLST (Movimento de Libertação dos Sem-Terra) será lançado em Brasília amanhã. O grupo quer azucrinar a vida do MST.

Recado presidencial
FHC pediu a Michel Temer que amaciasse o relator da lei eleitoral, Carlos Apolinário. Falou, de novo, em regra claras sobre uso da máquina para evitar ações na Justiça e disse que não se importa com inauguração de obra.

Pele de cordeiro
Após bater publicamente em Temer, ACM mandou carta ao presidente da Câmara. Diz que foi mal interpretado, que não quis ofender e nega que gabinetes do Senado gastem R$ 70 mil.

O calote continua
Ontem, dia de encerramento da CPI, dados do Tribunal de Justiça mostravam que a Prefeitura de São Paulo ainda deve cerca de R$ 160 mi em precatórios vencidos e não pagos em 96.

Pressões de bastidor
Uma estratégia pouco ortodoxa do Banco Central tentava impedir ontem a compensação do cheque administrativo de R$ 1 milhão que o senador Andrade Vieira conseguiu obter depois de ter desbloqueado seus bens.

Entregando os anéis
O Vasco da Gama, clube de Eurico Miranda (PPB), ofereceu o estádio São Januário em penhora numa ação movida pela Portuguesa. O Vasco foi condenado por não ter pago o seguro de vida do jogador Dener, morto em 94.

Reconstruindo pontes
Serjão e Amin foram vistos saindo ontem de manhã do apartamento de Vilson Kleinubing, em Brasília. Os dois trombaram feio recentemente.

Gol contra
Luís Eduardo (PFL) não moverá uma palha a favor da urgência da CPI do futebol. Acha que não é atribuição do Congresso, que só teria a perder com o assunto. Como na CPI do Bingo.

Mágoa no armário
O relator da lei eleitoral, Carlos Apolinário (PMDB-SP), está furioso com Sérgio Motta (Comunicações). O deputado acha que o ministro é o responsável pelas notícias de que tentou negociar seu parecer com o governo.

Censura petista
A criação de mais 55 cargos na Câmara Municipal de São Paulo está provocando briga feia dentro do PT. Os oito vereadores favoráveis à proposta querem que os dois que são contra parem de discutir o assunto publicamente.

No mesmo saco
Eliseu Padilha (Transportes) diz que é injusta a crítica de ACM a Temer por ter aumentado a verba de gabinete dos deputados. Lembra que, na eleição, esse era um compromisso dos candidatos à presidência da Câmara.

TIROTEIO
Do senador Esperidião Amin (PPB-SC), sobre projeto de José Serra (PSDB-SP) estabelecendo como critério para divisão de tempo no horário eleitoral o tamanho das bancadas parlamentares em 3 de outubro próximo:
- É um critério de mercado financeiro. Será um mercado a futuro para ver quem filia mais parlamentares. É véspera de CPI.

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