São Paulo, quinta-feira, 21 de agosto de 1997 |
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Bovespa cai 3,23% e câmbio tem dia tenso
VANESSA ADACHI
Na estréia de Gustavo Franco à frente do Banco Central, o dia foi agitado para o mercado de câmbio. A informação de que seria levada à reunião do Copom uma proposta de desvalorização do real, embora vista como mero boato por boa parte do mercado, levou principalmente investidores estrangeiros a buscar proteção, o que engrossou a demanda por contratos de dólares na BM&F. À noite, o Copom divulgou o que já se esperava: a TBC e a Tban foram mantidas em 1,58% e 1,78%. Também provocou uma corrida por "hedge" cambial no final do dia a informação não confirmada de que o próprio Gustavo Franco teria dito, durante a coletiva da sua posse, que não seria difícil tornar o sistema cambial brasileiro flutuante. O fato é que o dólar para outubro -que projeta o câmbio de setembro- chegou a subir 0,05% em relação à abertura e depois acalmou, fechando com alta de 0,04%. No caso da Bolsa, analistas disseram não haver relação direta entre a sua queda e o nervosismo do mercado de câmbio e juros. O que se viu, ontem, foi um volume de resgates acima da média dos últimos dias nos fundos carteira livre. Comenta-se que os saques tenham ultrapassado R$ 50 milhões, enquanto a média dos últimos dias, já bastante elevada, era de R$ 20 milhões a R$ 30 milhões. Falta comprador para os papéis de um lado, enquanto de outro a oferta está grande depois do exercício frustrado de opções na segunda-feira. Mesmo as tesourarias de bancos parecem aguardar que a Bolsa encontre o seu "chão" para voltar a fazer posições em ações. Já os investidores estrangeiros estão mais interessados em México e Argentina no momento. Pelo segundo dia, a Bovespa ignorou a alta de Nova York, que já recuperou totalmente a desvalorização da última sexta-feira. Texto Anterior: SFI passa na Câmara com uma alteração Próximo Texto: Golden Cross enfrenta "fuga" de clientes Índice |
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