São Paulo, sábado, 23 de agosto de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Albuquerque fez colégio católico

CARLOS ALBERTO DE SOUZA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

O ministro da Saúde, Carlos Albuquerque, que alegou motivos religiosos para pedir o veto presidencial ao aborto legal, não costuma ir à missa na paróquia São José, em Barra do Ribeiro (RS), onde possui casa, segundo o padre Argelindo Cipriani, responsável pela igreja há mais de três anos.
Segundo o padre, a mulher e a mãe de Albuquerque são frequentadoras regulares da igreja quando estão em Barra do Ribeiro -no Estado, o ministro também tem casa em Porto Alegre.
O bispo-auxiliar da capital, Antônio Cheuiche, que coordena a Associação de Médicos Católicos de Porto Alegre, disse que Albuquerque não integra a entidade.
O ministro tem formação católica, estudou na escola São José, da Congregação de Irmãs Bernardinas. O colégio informou que ele fez "as primeiras séries" na escola, em Barra do Ribeiro.
Albuquerque fez parte da administração da Santa Casa de Misericórdia, hospital que teve como provedor o já falecido cardeal Vicente Scherer, um dos nomes mais destacados da ala conservadora da Igreja Católica no país.
O ministro se destacou como administrador hospitalar no hospital de Clínicas de Porto Alegre.
O bispo Cheuiche e o padre Cipriani consideraram a posição de Albuquerque contra o aborto legal "corajosa e em defesa da vida".
A Agência Folha tentou falar com o ministro no final da tarde de ontem, sem sucesso. Um dos telefones de sua assessoria direta no Ministério da Saúde não atendia e o celular não estava ligado.

Texto Anterior: Presidente do STF propõe ampliar aborto
Próximo Texto: CNBB não quer debate religioso
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.

Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.