São Paulo, sábado, 23 de agosto de 1997
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Confusão faz lojas fecharem

MARCELO OLIVEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

O confronto entre camelôs e guardas-civis metropolitanos deixou os frequentadores da avenida Paulista em pânico.
As portas principais da lanchonete Arbys e da agência do Itaú, que ficam no quadra da Paulista onde ocorreu o conflito, foram fechadas minutos antes da briga.
"Eu estava atravessando a Frei Caneca, indo para o prédio do Arbys, quando eles (camelôs e guardas) começaram a correr para o meio da avenida. Dei meia volta e corri em direção à rua Augusta", contou a estudante Adriana Penha, 23.
A faxineira Maria Cristina Martins, 41, diz ter ficado "impressionada" com a violência dos guardas municipais.
"Estava indo trabalhar quando vi um homem algemado apanhando dos guardas na esquina da ministro Rocha Azevedo."
Após o conflito, a faxineira chorava. "Onde estão as autoridades para conter esses guardas? A PM tem quem olhe. Quem olha esses guardas?"
O chefe de segurança do Arbys, Valdemar Izearchi, determinou que todas as portas fossem fechadas minutos antes do confronto.
"Já havia sentido que os camelôs estavam preparados para o confronto. Quando os guardas se posicionaram, mandei fechar as portas", afirmou.
A empresa que faz a vigilância da agência do Itaú tomou a mesma providência. Os clientes tinham de entrar por uma porta lateral. Nenhum vidro foi quebrado.
(MO)

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