São Paulo, sábado, 23 de agosto de 1997
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Mutirão tenta reduzir demora

EUNICE NUNES
ESPECIAL PARA A FOLHA

Em agosto, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo iniciou um "mutirão" para re duzir seu estoque de processos e, consequentemente, a demora no julgamento.
Para isso, o juiz Delvio Buffulin, presidente do TRT, convocou 20 juízes de primeira instância para atuarem no tribunal.
Há cerca de 50 mil reclamações trabalhistas paradas à espera de distribuição, fora os 6.000 novos processos que, mensalmente, sobem de primeira instância.
Hoje, um processo demora 19 meses para ser distribuído (chegar ao juiz relator). Com o "mutirão", espera-se que esse prazo baixe para nove meses até dezembro.
Ao contrário do TRT, o Ministério Público do Trabalho em São Paulo está com a casa em ordem. Mas está para receber cerca de 21 mil processos, que estão no tribunal aguardando remessa.
"Se esses processos vierem paulatinamente, não haverá fila de espera", afirma Marisa Monteiro, procuradora-chefe.
O Ministério Público analisa todos os processos que ingressam no TRT, antes de serem distribuídos.
Naqueles em que há interesse público (como alegação de cerceamento de defesa), o Ministério Público manifesta-se.
Cabe ainda ao Ministério Público examinar os acórdãos proferidos pelo TRT para decidir sobre eventual recurso.
Esse setor, em função do "mutirão", já está recebendo uma sobrecarga de processos.

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