São Paulo, sábado, 23 de agosto de 1997 |
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Dólar comercial atinge teto da minibanda
VANESSA ADACHI
O movimento obrigou o Banco Central a entrar vendendo dólares, coisa que não se via há tempos. O normal são leilões de compra. Mesmo com o leilão de venda do BC, o comercial encerrou o dia no topo da minibanda. O dólar "pronto" (à vista) já vinha sendo pressionado desde a semana anterior por grandes remessas ao exterior. O alerta sobre o déficit externo feito pelo diretor-gerente do FMI, Michel Camdessus, piorou tudo. Mas, não foi só isso. Segundo operadores, as pressões também foram um teste do mercado para ver como se saía a mesa de câmbio do BC sem Gustavo Franco no comando. E, para alguns, o desempenho foi ruim. A avaliação é que o BC poderia ter evitado o nervosismo se tivesse agido no meio da semana. Vários bancos que operam câmbio afirmaram que durante a semana o BC fez ofertas de venda individuais para algumas mesas. A atitude aumentou a instabilidade, pois foi encarada como falta de transparência na política da autoridade monetária. Nas palavras de um operador, houve despreparo para conter as especulações. A alta no mercado à vista contaminou o futuro. Aumentou a procura pelo "hedge" cambial, até porque poucos queriam se arriscar a passar o final de semana sem a proteção. O dólar para outubro, que projeta o câmbio de setembro, fechou com alta de 0,07%. Bolsa A Bolsa de Valores de São Paulo registrou baixa de 0,20% ontem, em um pregão considerado bom diante do caos que apontava a abertura dos negócios. Telebrás PN, que havia fechado a R$ 138,00 o lote de mil na quinta-feira, foi empurrada para R$ 133,00 no início do dia. A Bolsa de Nova York abriu muito fraca e chegou a cair 177 pontos. A Bovespa caiu junto e chegou a registrar baixa de 2,33%. Mas, segundo analistas, a Bolsa paulista mostrou firmeza. A queda aconteceu com pequeno volume de negócios. Telebrás PN encerrou a R$ 137,50. Texto Anterior: Açominas conclui a fase de capitalização Próximo Texto: Indústrias já adiam planos de expansão Índice |
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