São Paulo, segunda-feira, 25 de agosto de 1997 |
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Líder aprendeu oratória na igreja
JOSÉ ERNESTO CREDENDIO; EDMILSON ZANETTI
Gomes deixou a igreja em razão de divergências com os pastores, geradas pela militância no MST. "Como eu pregava, fazendo o papel de pastor, muitas vezes saía do campo da espiritualidade para discutir coisas materiais. E na igreja a filosofia é só espiritual", diz. Gomes falava das diferenças sociais, recorrendo, segundo ele, à ótica dos "oprimidos". "Isso a igreja poda, corta, é contra seus princípios." Apesar do crescimento dos evangélicos entre os sem-terra, Gomes considera que ainda persistem divergências ideológicas que impedem uma maior participação dos chamados "crentes" nas ações organizadas pelo MST. "É uma situação complicada até para o movimento. O evangélico não gosta muito de atuar, participar de caminhadas, atos, ocupações de bancos, coisas assim", explica Gomes. Os seis irmãos de Walter Gomes são adventistas. Além dele, outros dois são militantes do MST. Um deles, Valdeilson da Silva, atua na área de produção nos assentamentos. (JEC e EZ) Texto Anterior: Igreja Católica busca recuperação Próximo Texto: Trégua dura uma semana, afirma o MST Índice |
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