São Paulo, segunda-feira, 25 de agosto de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Usuário de ônibus não prioriza tarifa

JOÃO BATISTA NATALI
DA REPORTAGEM LOCAL

Há algo de superlativo nos números do ônibus urbano de São Paulo. São 54 empresas, 1.200 linhas, 10.800 veículos, 5,2 milhões de passageiros transportados em dias úteis e R$ 140 milhões de faturamento mensal.
Nesse cipoal, pesquisa encomendada pela SPTrans (empresa municipal que faz a gestão do sistema) demonstra que o preço da passagem é prioridade para apenas 7% dos usuários entrevistados.
A tarifa vem em décimo lugar numa lista de prioridades, bem atrás do tempo de espera no ponto, lentidão do trajeto ou problemas de segurança.
Francisco Christovam, presidente da SPTrans, afirma que o atual sistema tarifário está equacionado para que as operadoras tenham um lucro de 12% sobre o dinheiro que movimentam.
Os custos dessas empresas ainda podem baixar. A substituição dos 22.000 cobradores por máquinas automáticas será o próximo passo. Despesas com pessoal representam 60% dos gastos. Sem cobrador, uma passagem poderia, em tese, custar R$ 0,18 a menos.
Outros dados do SPTrans: durante cada um dos dias de maio, último levantamento fechado, só 2 milhões entre 5,2 milhões de passageiros foram considerados "pagantes comuns".
Outros 2,1 milhões viajaram com vale transporte (pagos por empresas), 539 mil com passe escolar, e 179 mil com o bilhete do trabalhador, comprados com antecedência e com 10% de desconto.
(JBN)

Texto Anterior: Caminho menor eleva custo da passagem
Próximo Texto: Passageiros sem dinheiro atiram em motorista
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.