São Paulo, terça-feira, 26 de agosto de 1997 |
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Polícia Militar retira invasores de delegacia de ensino no RS
CARLOS ALBERTO DE SOUZA
Os homens foram detidos e levados para depor na delegacia de polícia, e as crianças e mulheres, segundo o major PM Edson Alves, mandados de volta para o assentamento onde moram. O oficial declarou que ninguém ficou ferido. Alves disse que "um ou outro homem que resistiu foi dominado por quatro PMs". O assentado Irineu Engelmann disse que as crianças ficaram "traumatizadas". Ele, que não estava no local, disse ter recebido informações de que alguns agricultores foram algemados. O major negou. Os sem-terra chegaram à delegacia de ensino por volta das 10h. Bloquearam a entrada de pessoas e impediram os mais de 40 funcionários de sair. A Polícia Militar foi chamada e ficou do lado de fora do prédio, aguardando as negociações. Às 15h, o delegado disse que os agricultores tinham prometido sair do prédio e aguardar no pátio uma solução para o problema. Às 16h30, a PM desocupou o prédio. Os assentados em Hulha Negra, município da região, protestaram contra a falta de professores para seus filhos nos assentamentos. O delegado de ensino Antônio Ferreira disse que o Estado nomeou professores para lecionar nos assentamentos, mas eles se recusam a assumir o cargo, alegando, entre outros motivos, o difícil acesso aos locais. "O acesso é quase impossível", disse Ferreira. José Armando Oliveira da Silva, assentado em Hulha Negra, disse que os lavradores não querem mais que os professores sejam, como vinha ocorrendo, segundo ele, contratados de modo emergencial, por um período determinado, pela Prefeitura de Hulha Negra. Texto Anterior: MST pretende abrir agência na Europa Próximo Texto: Para Funai, madeireiros ameaçam tribo Índice |
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