São Paulo, terça-feira, 26 de agosto de 1997
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Rezende tentará acordo para Encol

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA; DA REPORTAGEM LOCAL

O ministro Iris Rezende (Justiça) tenta hoje fechar um acordo para que seja decretada uma falência negociada da Encol. Se isso acontecer, as obras que estão paralisadas serão concluídas.
O objetivo do governo é reduzir o prejuízo das pessoas ainda não receberam seu imóvel. A reunião será às 9h com representantes do Judiciário, dos bancos credores e dos mutuários. Se houver um acordo, a falência da empresa poderá ser decretada esta semana.
O juiz Everardo Alves Ribeiro, titular da Vara de Falências e Concordadas do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, já está examinando oito pedidos de falência.
Ribeiro deve comparecer à reunião no Ministério da Justiça. Ele considera que a lei permite que a empresa mantenha atividades depois de decretada sua falência.
Dois dos principais credores da Encol, a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil consideram a falência negociada a melhor solução para resolver a crise da Encol no menor prazo possível.
O acordo em discussão prevê que os bancos credores não vão executar as dívidas vencidas.
Apesar de ser do Banco do Brasil ser o maior credor da Encol (R$ 180 milhões), o síndico da massa falida deverá ser indicado pela CEF porque a instituição já tem experiência na área habitacional.
Os mutuários que ainda não receberam seu imóvel poderão ter que entrar com mais recursos para conclusão da obra. Mas a associação dos mutuários da Encol descartou a possibilidade de pagamento de novas parcelas pelos que já quitaram seus imóveis.
Para o advogado da associação, Mauro Bueno, esses pagamentos são absurdos. "Quem já quitou seu imóvel não pagará mais nada".
A associação encaminha hoje uma carta ao presidente Fernando Henrique Cardoso. Segundo Ieda Maria Mazzucatto, representante dos mutuários, a carta "solicita o empenho do presidente na apuração das responsabilidades dos envolvidos no caso".

Colaborou a Reportagem Local

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