São Paulo, terça-feira, 26 de agosto de 1997
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IBGE prevê safra 5,66% maior em 97

Mais produção não dispensa importações

MAURICIO ESPOSITO
DA REPORTAGEM LOCAL

A produção agrícola brasileira deste ano deverá ser 5,66% maior do que a obtida no ano passado, segundo o último levantamento de safra realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgado ontem.
O levantamento de safra, referente ao mês de julho, indica que o país colherá neste ano 77,425 milhões de toneladas de cereais, leguminosas e oleaginosas.
No ano passado, de acordo com o IBGE, a produção agrícola brasileira totalizou 73,275 milhões de toneladas.
O volume esperado para este ano, embora 5,66% maior que o do ano passado, ainda não alcançou o recorde obtido em 1995.
Naquele ano, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas totalizou pouco mais de 79 milhões de toneladas.
O IBGE pesquisou o desempenho de 17 produtos agrícolas para fazer o levantamento. Desse total, 11 tiveram suas safras aumentadas neste ano. Os seis restantes apresentarão colheitas menores, de acordo com a expectativa do IBGE.
O produto que cresceu mais em volume de produção foi o feijão da 3ª safra (16,81%). Em segundo lugar em crescimento está o feijão da 2ª safra (15,92%).
O milho da 2ª safra, com crescimento de 11,07%, foi o terceiro produto que mais cresceu, seguido pelo cacau (9,96%).
A safra de soja, um dos principais produtos de exportação do Brasil, aumentou 9,28%.
A produção de milho da 1ª safra cresceu 8% em relação ao ano passado e a colheita de feijão da 1ª safra foi 7,03% maior.
Entre os produtos que perderam espaço neste ano, destacam-se o arroz, o trigo e o algodão.
Segundo o IBGE, a produção de arroz será 7,7% menor. No caso do trigo, a redução é mais expressiva: -12,05%. A colheita de algodão, por sua vez, deverá ser 15,44% menor do que em 1996.
A produção de trigo neste ano, estimada em 2,9 milhões de toneladas pelo IBGE, está bem abaixo do consumo doméstico, avaliado em 8 milhões de toneladas, segundo o economista Fernando Homem de Melo, da USP.
O mesmo acontece com o arroz e o algodão, cujas importações estão crescendo nos últimos anos, disse.

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