São Paulo, terça-feira, 26 de agosto de 1997
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Currículo

MELCHIADES FILHO

Duas vitórias separam Janeth da consagração como a jogadora mais vitoriosa dos 101 anos de vida do basquete nacional.
Janeth, 28, ostenta os mesmos grandes títulos de Hortência e Paula. Também era titular nas seleções que conquistaram o ouro no Pan-Americano de Cuba-91, o ouro no Mundial da Austrália-94 e a prata na Olimpíada de Atlanta-96.
Agora, nos EUA, chegou a vez de a discreta ala arriscar o grande pulo internacional que as deusas brasileiras da bola-ao-cesto não tiveram tempo -ou gás- para dar.
Seu time, o Houston Comets, disputa na quinta-feira uma semifinal do campeonato inaugural da WNBA, a versão feminina da principal liga do mundo.
Caso derrote o Charlotte Sting, joga sábado a finalíssima do torneio, um marco na história moderna do esporte.
A tarefa de Janeth & Cia não parece tão dura, hoje.
Com 18 vitórias em 28 jogos, o Houston fez a melhor campanha da fase classificatória entre os oito times da WNBA.
Possui a cestinha da competição -a armadora Cynthia Cooper, 22,1 pontos por partida- e conta com a vantagem de duelar em seu ginásio contra o Charlotte (15v e 13d).
No ataque, Janeth tem atuado como válvula de segurança -é a terceira opção, sempre nas infiltrações. Na defesa, vem cuidando da principal arremessadora adversária.
A outra semifinal da WNBA reúne as equipes do Phoenix Mercury (16v e 12d) e do New York Liberty (17v e 11d).
Em tempo: os jogos de quinta e sábado serão transmitidos para o Brasil pela ESPN.
*
Em razão de piripaque no meu computador, a coluna da semana passada engoliu o nome da oitava (sim, eram oito norte-americanos!) vítima do Brasil de Oscar e Marcel na final do Pan-Americano de 87 que um dia chegaria à NBA: Pooh Richardson.

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