São Paulo, terça-feira, 26 de agosto de 1997 |
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Notourious B.I.G
PAULO VIEIRA
Não se tem notícia na indústria da música de outro gênero em que produzir um disco seja uma atividade tão fúnebre. Na capa de "Life after Death", Notorious B.I.G. aparece ao lado de seu rabecão. B.I.G. tinha 24 anos quando tombou, em março deste ano, assassinado a balas, em Los Angeles, para onde viajou para uma festa de premiação de música negra. Estava em território inimigo. L.A. é cidade-sede da gravadora Death Row, rival do selo Bad Boy, por onde gravava B.I.G, de Nova York. A presepada Oeste-Leste já havia matado 2pac Shakur, que em disco havia dito ter dormido com a mulher de B.I.G. Se tudo é um mal-entendido que tomou proporções assustadoras ou uma jogada de marketing suicida, a verdade é que "Life" provocou filas ao chegar às lojas e o single "Hipnotize"(em que B.I.G e seu amigo e dono do selo, Puff Daddy, se comparam aos detetives Starsky e Hutch) ficou algumas boas semanas como número 1 da "Billboard". "Life" é álbum duplo gravado com banca de produtores de primeira, como RZA (Wu Tang Clan) e DJ Premier (Gang Starr) e rappers convidados (Run DMC). Tem algumas mensagens pacifistas, mas abre com "Somebody's Gotta Die" (Alguém vai Morrer) -"se sou eu, você vai também". Disco: Life After Death rtista: Notorious B.I.G. Lançamento: BMG Quanto: R$ 36, em média (CD duplo) Texto Anterior: RAP Próximo Texto: "Men in Black"; Heavy D; Bad Religion; Trilhas sonoras; Meredith, Paula; Rosa e Lula Índice |
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