São Paulo, terça-feira, 26 de agosto de 1997
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Irã apaga 'nome proibido' de texto sobre norte-americanos

Grupo oculta origem de mulheres dos EUA convidadas ao país

DA "REUTER"

No Irã, apenas pronunciar a palavra "América" pode significar problemas -em meio a pressões populares por modernização, na rígida república islâmica ainda pode ser perigoso se referir abertamente ao inimigo internacional.
No mais recente episódio desse patrulhamento, um grupo feminino iraniano, que convidou mulheres norte-americanas a visitar seu país, preferiu esconder a nacionalidade de suas colegas.
A Associação Solidariedade de Mulheres do Irã chamou a seu país cinco acadêmicas dos EUA, informou um membro da organização que não quis ser identificado.
Segundo comunicado da entidade, presidida por uma filha do ex-presidente Akbar Hashemi Rafsanjani, o convite estava "atendendo ao desejo de cinco mulheres estrangeiras".
A associação não quis confirmar a nacionalidade das convidadas. "Todas as informações estão no comunicado", disse porta-voz.
"A associação vê essa visita como uma resposta à propaganda negativa da mídia ocidental sobre as mulheres iranianas", afirmou um membro do grupo.
Segundo a agência "Reuter", o convite foi o primeiro de uma organização iraniana a acadêmicas norte-americanas desde que os dois países romperam relações, em 1980. Em 1979, a Revolução Islâmica derrubou o governo pró-EUA do xá Reza Pahlevi.
A recente eleição do clérigo moderado Mohammad Khatami para a Presidência iraniana, ocorrida em maio último, alimentou rumores de uma possível aproximação entre o Irã e os EUA.
O movimento, porém, ainda parece improvável.

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