São Paulo, quarta-feira, 27 de agosto de 1997 |
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Minas Gerais tem 300 ações em 4 anos Estado criou promotoria especial para erros FÁBIA PRATES
Desde sua criação, a Promotoria de Erros Médicos, ligada à Promotoria de Defesa do Cidadão, já recebeu 1.500 denúncias, a maioria sobre cirurgia plástica, parto e anestesia. Segundo o promotor responsável, Rogério Greco, os julgamentos dos casos começaram a acontecer esse ano. Cerca de dez médicos já foram condenados por lesão corporal ou homicídio culposo (não intencional). Segundo Greco, como as penas são pequenas, dificilmente os médicos vão para a cadeia. Normalmente, as penas são substituídas por prestação de serviços à comunidade. A ex-estudante Luciana dos Reis Santos internou-se no Hospital Militar em março de 1995 para fazer uma cirurgia corretiva de mama. Saiu tetraplégica. A família entrou com um processo junto à Promotoria de Erro Médico para responsabilizar o médico que fez a cirurgia. Antes da criação da promotoria, os processos eram distribuídos para todas as varas do fórum. Devido a essa dispersão, não há estatística de quanto aumentou o número de denúncias desde a criação da promotoria. Esta é a mesma reclamação do SOS Vida, entidade sem fins lucrativos, criada em 1989. Seu presidente, Antônio Carlos Teodoro Aguiar, 43, diz que uma das dificuldades é que muitos médicos se recusam a depor ou assinar documentos que identifiquem o erro dos colegas. Texto Anterior: Protesto alerta para erros médicos Próximo Texto: 'Há denúncias desnecessárias' Índice |
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