São Paulo, sábado, 30 de agosto de 1997 |
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Filme surgiu de entrevista para TV
AMIR LABAKI
Depois de tornar-se crítico e fundar uma das principais revistas especializadas daquele país ("Filmkonst"), assumiu em 1994 a direção do Goteborg Film Festival. Foi sua atividade no festival que o aproximou de Ingmar Bergman, inicialmente graças ao pedido de um prefácio para catálogo dedicado ao diretor sueco Hasse Ekman, ativo nos anos 40 e 50. Bergdahl falou sobre os bastidores de "A Voz de Bergman" com exclusividade à Folha, minutos antes da première mundial do documentário. (AL) * Folha - Como surgiu a idéia do filme? Gunnar Bergdahl - Para a celebração do centenário do cinema no Festival de Goteborg, fizemos juntos a mostra "A Lista de Bergman", com onze de seus filmes preferidos. Bergman acabou aceitando ser presidente honorário do festival. Neste ano, para comemorar o vigésimo aniversário do evento, perguntei a ele se toparia gravar uma entrevista para TV. Ele aceitou. Vendo o tesouro que tinha em mãos, fiz o filme. Folha - Bergman já o assistiu? Bergdahl - Claro. Achou que o filme foi feito com amor e carinho. Combinamos então que o documentário não passaria por nenhum circuito comercial, nem por TVs, sendo sua exibição restrita a festivais. Devo levá-lo em outubro para a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Folha - A íntegra da entrevista vai ser editada em livro? Bergdahl - Sim. Acho também que o material poderia dar um belo CD-Rom. Folha - Bergman já terminou seu novo telefilme? Bergdahl - Sim. Gravamos com ele na sala de montagem de "In the Presence of the Clown" (Na Presença do Palhaço). O filme é uma espécie de continuação de "Fanny e Alexander" (82). Ele retoma o personagem de um dos tios, aquele que encantava todos com os candelabros. A estréia na TV sueca será na primeira semana de novembro. Texto Anterior: "A Voz de Bergman" estronda no festival Próximo Texto: FRASES DE BERGMAN Índice |
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