São Paulo, domingo, 31 de agosto de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Reclamações no Procon são comuns
ISABEL VERSIANI
As principais queixas dizem respeito a aumentos de preços, mas também há denúncias de descumprimento de contratos e divergências sobre a definição do que pode ser considerado uma doença preexistente. Só na SDE (Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça), há cerca de 300 denúncias esperando ser analisadas -no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), são 21. Para tornar mais ágil o encaminhamento dos processos, foi criado um grupo de trabalho com a Seae (Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda), que tem até o próximo dia 15 para concluir seu trabalho. Tanto na Fazenda como na Justiça, os técnicos que lidam com o assunto se deparam com a dificuldade de lidar com um setor inteiramente desprovido de regulamentação e controle. O diretor do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor da SDE, Nelson Lins, afirma que, para julgar os impasses, os técnicos só podem se basear no Código de Defesa do Consumidor e nos próprios contratos assinados entre as empresas e os clientes. Evitando falências No Ministério da Fazenda, a preocupação em discutir regras para o setor se intensificou no ano passado, quando alguns planos aumentaram seus preços em até 30%. Na ocasião, percebeu-se que muitas empresas não tinham respaldo financeiro para funcionar e haviam chegado a um ponto em que o aumento era mesmo a única maneira de evitar a falência. Hoje, os seguros de saúde -que não têm rede própria de atendimento- obedecem às regras comuns para os seguros. Mas os planos, cooperativas e autogestoras -que têm uma rede de médicos conveniadas- simplesmente não são regulados. Na regulamentação que está sendo discutida no Congresso, pretende-se subordinar os planos à fiscalização da Superintendência de Seguros Privados do Ministério da Fazenda, que manteria um controle sobre a saúde financeiras das empresas. Texto Anterior: Governo quer competição entre planos Próximo Texto: Fumódromo muda regras nas empresas Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |