São Paulo, domingo, 31 de agosto de 1997![]() |
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'Só queremos justiça', diz presidente
FÁBIO VICTOR
Um dia após a vitória de 3 a 1 sobre o Guarani -a primeira no Brasileiro-, tirou o bigode que cultivava havia 12 anos. Empresário da área financeira, foi o idealizador de um fundo de investimento para aplicação em passes de atletas do clube. Antes do jogo contra o Bahia, que viu na Fonte Nova comendo amendoim e tomando picolé, Barcelos falou à Folha. (FV) * Folha - A decisão de raspar o bigode foi uma promessa? Álvaro Barcelos - Foi uma promessa feita a mim mesmo. Aquela vitória tirou um peso de nossas costas, foi um desafogo. Folha - A que o sr. atribui a má campanha no Brasileiro? Barcelos - Desde que ascendemos à primeira divisão houve uma campanha contra a nossa volta, orquestrada pela Federação Paulista de Futebol e Atlético-PR. Isso empanava o brilho dos jogadores, que achavam que participavam de um torneio a que não tinham direito. Folha - Mas, pelo regulamento, o time não tinha direito. Barcelos - Por que não, se ficou comprovado que houve armação no Brasileiro-96? O Ivens Mendes (ex-chefe da comissão de arbitragem da CBF, banido do futebol por suposto favorecimento de arbitragens em troca de dinheiro) beneficiou o Bahia para nos prejudicar. O sr. Marques Dias da Fonseca (juiz do jogo Bahia 3 x 2 Vasco, a quem o Fluminense acusava de ter recebido suborno para favorecer a equipe baiana) nos prejudicou. Folha - Mas ele foi absolvido pelo Tribunal Especial da CBF. Barcelos - Ele foi absolvido do suborno, mas não de roubar. Provar suborno no Brasil é difícil. Não sei se é marcação, mas beneficiados nunca fomos. Só peço imparcialidade, aí estaremos satisfeitos. Texto Anterior: Salário atrasou até seis meses Próximo Texto: Começa o melhor campeonato do mundo Índice |
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