São Paulo, domingo, 31 de agosto de 1997 |
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Salário atrasou até seis meses
FÁBIO VICTOR
Este é o pensamento dos atuais dirigentes e dos jogadores que estão desde aquela época no clube. "O Fluminense foi assaltado por furacões que passaram por lá. Hoje pagamos pela brutalidade das péssimas administrações", diz o vice-presidente de Futebol do clube, Edgar Hargreaves. Em 95, o Fluminense foi campeão estadual e quarto no Brasileiro. Para manter o time, o então presidente, Arnaldo Santiago, renovou os contratos a valores muito altos, inflacionando os salários. A equipe não teve nem sequer dinheiro para pagar o prêmio pela conquista do Estadual -que seria pago parte pela administração seguinte (Gil Carneiro de Mendonça) e parte pela atual gestão. "O culpado de tudo é um campeonato deficitário e o calendário desorganizado. A receita não tem como suportar as despesas", defende-se hoje Arnaldo Santiago. Desde 95, o clube não conquistou títulos e teve a crise interna exposta durante o Brasileiro-96. Jogadores e funcionários ficaram seis meses sem receber salários. "Abandonaram a gente durante o Brasileiro. Muitos jogadores choravam e uns tinham que fazer vaquinhas para ajudar outros", lembrou o volante Cadu. A situação extracampo refletiu-se na campanha do time -em 23 jogos, 14 derrotas, 4 empates e 6 vitórias, com 26 gols marcados e 50 sofridos. (FV) Texto Anterior: Equipe formada às pressas vira álibi para má fase Próximo Texto: 'Só queremos justiça', diz presidente Índice |
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