São Paulo, domingo, 31 de agosto de 1997
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Basquete norte-americano torra recente injeção de orçamento

DA REPORTAGEM LOCAL

As equipes da NBA não esperaram nem uma semana para investir o orçamento adicional que a liga de basquete norte-americana repassou em razão do sucesso financeiro de sua última temporada.
Para tentar manter a competição equilibrada, a NBA determina um teto máximo para os times gastarem em salários.
É o chamado "salary cap", que impede, pelo menos na teoria, que as equipes mais ricas, como o New York Knicks e o Los Angeles Lakers, monopolizem os melhores (e mais caros) jogadores.
Esse valor varia anualmente. É calculado a partir do faturamento do campeonato anterior. Na próxima temporada, que começa em 31 de outubro, o "salary cap" deve subir em US$ 1,5 milhão.
Mas as equipes nem aguardaram a formalização da quantia, que deve ocorrer até o dia 15, para ir às compras e reforçar seus times com os principais jogadores sem contrato disponíveis no mercado.
O Miami Heat agiu primeiro. Roubou do Detroit Pistons o ala-pivô Terry Mills, capaz de compensar um dos principais defeitos da equipe da Flórida, a precisão de longa distância, uma vez que é um dos melhores arremessadores de três pontos da liga.
O todo-poderoso Los Angeles Lakers deu o segundo golpe. Acertou com o ala Rick Fox, ex-Boston Celtics, ótimo na defesa e versátil no ataque. No páreo pelo atleta também estavam o Atlanta Hawks, o Chicago Bulls e o New York.
Em seguida foi a vez do Phoenix Suns. Repassou toda sua suplementação orçamentária para o ala Clifford Robinson, que atuava pelo Portland Trail Blazers.
Mercado vazio
Mills, Fox e Robinson eram três dos últimos seis jogadores de expressão em busca de um time para o próximo campeonato.
Os outros, Nick Anderson, do Orlando Magic, Jeff Hornacek, do Utah Jazz, e Dennis Rodman, do Chicago, praticamente renovaram com suas equipes.
Com isso, o mercado esvaziou-se. Agora só há jogadores de terceiro escalão dispostos a assinar pelo salário mínimo da NBA (em torno de US$ 300 mil/ano).

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