São Paulo, domingo, 31 de agosto de 1997 |
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Claudia Marchetti mostra a vida reciclável
BRUNA MONTEIRO DE BARROS
A artista conheceu o espaço cultural do hospital -que funciona desde março- quando acompanhava a cirurgia de uma pessoa da família e percebeu que o lugar ajuda as pessoas a se abstraírem. Aproveitando a campanha de conscientização que a instituição inicia em setembro, Marchetti utilizou material hospitalar para produzir duas instalações. A primeira é composta por biombos -que separam as camas nas enfermarias-, pintados de vermelho, azul e amarelo, com corpos em branco no centro. O público interage pregando nesses corpos pequenos imãs -de cores e formas diversas-, simbolizando órgãos doados. "Preferi as cores fortes e alegres em referência à vida e não à morte", conta a artista, que escolheu o nome da mostra por acreditar que a doação de órgãos é uma reciclagem da vida. A segunda parte da exposição traz seis mesas de instrumentação cirúrgica que, uma ao lado das outras, formam um círculo. Três dessas mesas possuem tampos de vidro, com três peixes desenhados em cada. "Os peixes, que simbolizam a vida, formam uma figura igual à do logotipo da campanha da reciclagem de lixo, composto por setas", conta. Cada uma das outras três mesas, com tampos de aço inoxidável, tem um aquário com três peixes. "A intenção é informar e acabar com as lendas e medos que envolvem o assunto. Quero atingir todo mundo. Por isso é um trabalho simples", diz a artista. Exposição: Reciclar a Vida Artista: Claudia Marchetti Vernissage: hoje, às 18h Quando: de amanhã a 30 de setembro; diariamente, 24 horas Onde: Hospital Israelita Albert Einstein (av. Albert Einstein, 627, entrada 1, Morumbi, tel. 845-1233) Quanto: entrada franca Texto Anterior: Carmo tem rock, românticas e pagode Índice |
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