São Paulo, segunda-feira, 1 de setembro de 1997
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Embaixatriz e Diana ficaram amigas em 91

CARLOS EDUARDO LINS E SILVA
DE WASHINGTON

A amizade entre Lúcia Flecha de Lima e a princesa Diana teve início durante a visita desta ao Brasil em 1991.
Lúcia foi encarregada de acompanhá-la e durante um vôo entre Brasília e Rio de Janeiro, o avião enfrentou sérias turbulências devido a uma tempestade. A princesa se impressionou com a segurança com que a embaixatriz a acalmou.
Paulo Tarso Flecha de Lima havia sido recentemente nomeado embaixador do Brasil junto à corte de St. James e a amizade entre Diana e Lúcia se fortaleceu nos anos seguintes.
O casamento dos príncipes de Gales estava entrando em sua crise definitiva e a princesa, que nunca teve relação fluida com a mãe, fez da embaixatriz sua mais influente conselheira.
A transferência do casal Flecha de Lima para Washington (EUA) em 1993 não diminuiu a intensidade da relação entre Lúcia e Diana. As duas se falavam pelo telefone com frequência e Diana visitava os Flecha de Lima pelo menos duas vezes por ano.
Quando o embaixador sofreu um derrame cerebral em 1995, a princesa voou no mesmo dia para Washington e ficou junto ao casal até a situação de saúde de Flecha de Lima se estabilizar.
As primeiras visitas de Diana a Washington foram íntimas. A situação conjugal entre ela e Charles ainda estava indefinida e a princesa passava a maior parte de seu tempo na capital dos Estados Unidos na casa do embaixador brasileiro, em conversas com Lúcia.
As visitas mais recentes tiveram maior cunho social. Ela esteve em diversas festas promovidas por grandes damas da sociedade, como a dona do jornal "The Washington Post", Katharine Graham.
Na última vez em que esteve em Washington, Diana ganhou muitos elogios de jornalistas pelo seu empenho na campanha contra minas. Ela falou a congressistas dos dois partidos políticos norte-americanos e esteve com a presidente da Cruz Vermelha dos EUA, Elizabeth Dole.

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