São Paulo, segunda-feira, 1 de setembro de 1997
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CPI apura suposto favorecimento

LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

Acusações de favorecimentos na terceirização do Detran gaúcho levaram deputados da oposição a pedir a instauração de uma CPI no Rio Grande do Sul.
A terceirização é resultado de trabalho elaborado pela empresa INST (Instituto Nacional de Segurança no Trânsito), de Roberto Scaringella. Ele é amigo do secretário da Justiça e da Segurança Pública, José Fernando Eichenberg.
Os dois elaboraram em 88 a base da resolução 809, que obriga os veículos a inspeções anuais. Scaringella era presidente do Conselho Nacional de Trânsito e Eichenberg, secretário-geral do Ministério da Justiça.
Entre os serviços terceirizados está a inspeção obrigatória, em 98, dos 2,5 milhões de veículos gaúchos. Segundo o líder do PSB, Beto Albuquerque, serão movimentados R$ 130 milhões ao ano.
Onze consórcios participarão da licitação para as inspeções.
O Ministério Público e o Tribunal de Contas já investigam o caso. O líder do PSB pediu o afastamento da diretora indicada pelo governo para comandar o Detran, Nereida Torentino. Ela era consultora do INST e se demitiu.
O governador Antônio Britto(PMDB) definiu as acusações como "leviandades".
Eichenberg confirmou a amizade com Scaringella, mas disse que ele trabalhou no projeto por ser "profissional muito reconhecido". Scaringella disse que se limitou a realizar um trabalho profissional.
(LG)

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