São Paulo, segunda-feira, 1 de setembro de 1997
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Rodízio do rodízio confunde até musas

FABIO SCHIVARTCHE
DA REPORTAGEM LOCAL

Não é só o paulistano comum que está confuso com a nova alteração do rodízio, que começa hoje. Na tarde de ontem, duas das atrizes convidadas pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente para gravar mensagens telefônicas informativas (pelo sistema de telemarketing) ainda tinham dúvidas sobre a mudança na ordem das placas proibidas.
As "musas do rodízio" Patrícia de Sabrit e Leila Lopes não sabiam em qual dia da semana ficariam proibidas de rodar com seus carros durante o mês de setembro.
Hoje não podem circular os veículos com finais de placa 7 e 8 (veja quadro ao lado).
A alteração, chamada de rodízio do rodízio, foi adotada este ano porque muitos motoristas se sentiam prejudicados por não poder rodar às segundas e sextas-feiras.
Com o novo sistema (que vai durar até o fim do rodízio, marcado inicialmente para o final do mês), todos os veículos ficaram pelo menos uma vez sem rodar antes ou depois do final de semana.
"A mudança é meio confusa. As pessoas só entendem que a ordem das placas mudou na segunda semana do mês", disse Patrícia.
Leila Lopes está morando há um mês no Rio de Janeiro, mas vem hoje a São Paulo para visitar o marido. Até ontem ela não sabia que não poderia rodar com o BMW do marido com placa de final 8 às segundas-feiras.
"A mudança deveria ser mais explicada. Nós poderíamos até gravar novas mensagens falando sobre o rodízio do rodízio."
A população tem as mesma dúvidas. "Não vi propaganda sobre a alteração e não sabia de nada", disse o estudante Rogério Fontes.
Pelo sistema de telemarketing foram feitas mais de 4,5 milhões de ligações desde o início da operação, em junho deste ano.
O governo intensificou no final de semana a campanha informativa sobre o rodízio do rodízio, distribuindo panfletos em pedágios das principais rodovias do Estado. Hoje pela manhã, haverá distribuição de panfletos informativos em algumas avenidas da capital.
O programa de restrição de circulação vale para a capital e outros nove municípios da Grande São Paulo (Guarulhos, Taboão da Serra, Osasco, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Santo André, Mauá e Ferraz de Vasconcelos). A multa para os infratores é de R$ 100, valor que dobra na reincidência.

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