São Paulo, segunda-feira, 1 de setembro de 1997
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Brasil 'peita' preconceito para tentar convencer no Mundial

Disputa na Suíça começa hoje com atletas de 61 países

FERNANDA PAPA
DA REPORTAGEM LOCAL

As brasileiras Mariana Gonçalves, 17, e Patrícia Aoki, 15, começam a disputar hoje o Mundial de Ginástica Olímpica, em Lausanne, na Suíça, com um objetivo: fazer boas apresentações para "peitar" o preconceito que existe contra as ginastas sul-americanas.
Apesar de conscientes da diferença técnica que existe entre a modalidade no Brasil e em países como Rússia e EUA, Mariana e Patrícia afirmam que frequentemente são prejudicadas em competições com países europeus.
"É visível como olham diferente para Romênia, EUA, China, Ucrânia. Esses países entram com garantias de boas notas e sempre competem por último, quando os juízes já não estão muito exigentes nas avaliações", diz Mariana.
Segundo Valeria Lajerbai, 35, bielo-russa que é coreógrafa da Academia Yashi, em São Paulo, onde Mariana treina, outro motivo por que as brasileiras recebem notas mais baixas é o fato de não competirem na Europa.
"Juízes e atletas são muitas vezes os mesmos em várias competições. É importante terem ouvido falar de você antes de um Mundial."
Sem patrocínio, as ginastas só vão ao exterior quando a Confederação Brasileira arca com custos.
As brasileiras fazem hoje os exercícios obrigatórios de salto, barras assimétricas, trave e solo, na tentativa de ficar entre as 36 melhores e passar à próxima fase. Atletas de 61 países estão no Mundial.

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