São Paulo, segunda-feira, 1 de setembro de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Diversão à noite com os amigos acaba em "treta"

AUGUSTO PINHEIRO
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Se você é do tipo que sai muito à noite, já deve ter presenciado alguma "treta" entre clientes e seguranças em bares, clubes ou restaurantes. Elas ocorrem, e evitar o confronto é a melhor solução (leia texto à direita).
No sábado 23/8, um grupo de amigos de São Paulo (os nomes são fictícios, a pedido deles) conta que foi agredido por seguranças do Café Cancun em Araraquara (SP).
"Tudo começou quando o Rodrigo foi pego na pista com um copo de vidro, o que é proibido. Ele já havia sido advertido, e o segurança o levou para fora", diz Vera, 21.
O amigo Paulo, 26, diz que tentou convencer um segurança a deixar Rodrigo voltar e, após um bate-boca, foi atirado para fora.
Assim que caiu, conta, pegou uma barra de ferro para se defender. Quando os seguranças partiram para cima dele, a barra teria batido num carro, amassando-o.
Os seguranças o levaram para um corredor e o espancaram, conta Paulo. Os amigos, tentando defendê-lo, também saíram feridos. Marieta, 21, chamou a polícia.
Paulo foi solto e voltou para casa. Os outros foram com os policiais até um hospital, onde foram registrados os ferimentos e, depois, seguiram para a delegacia.
"O delegado disse que se a gente registrasse a ocorrência, teria de ficar indo para Araraquara. Como estudamos, desistimos", diz Vera.
Todos garantem que haviam bebido, mas não estavam bêbados.
O outro lado
Luiz Gustavo Leal, 24, proprietário do Café Cancun, diz que "os garotos estavam bêbados".
Ele conta que o grupo ameaçou quebrar tudo caso Rodrigo não pudesse entrar de novo. Um deles tentou acertar um segurança com um copo e, diante do caos, todos foram empurrados para fora.
Na saída, conta, Paulo usou a barra de ferro para danificar um carro. "Ele acertou no capô, na porta e atrás. Foi de propósito."
Luiz Gustavo nega que Paulo tenha sido espancado. "Apenas o detemos à espera do dono do carro." Ele diz que chamou a polícia e registrou um boletim de ocorrência. "Quero processá-los."
Ele diz que ficou no prejuízo: "Destruíram dois coqueiros e o jardim, e vou ter de pagar a franquia do seguro do carro".

Texto Anterior: Duelo em pleno vôo
Próximo Texto: Evite sempre o confronto
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.