São Paulo, segunda-feira, 1 de setembro de 1997 |
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Britânicos surpreendem
AMIR LABAKI
"Metroland" adapta o primeiro romance de Julian Barnes ("O Papagaio de Flaubert"). Assumidamente autobiográfico, é a típica novela de formação, concentrada na longa amizade de Chris e Toni. São ambos filhos da "Metrolândia", um subúrbio de Londres definido no livro como próprio para "bancários". O filme parte do reencontro entre Chris e Toni, já trintões. O foco principal é Chris (Christian Bale), sua educação sentimental em Paris e seu casamento feliz com Marion (Emily Watson), que o traz de volta a Metroland. O eterno hippie Toni (Lee Ross) acaba sendo um contraponto. A direção de Philip Saville não poderia ser mais careta, mas "Metroland" a supera graças à força dos intérpretes e ao poder do texto de Barnes na competente versão de Adrian Hodges. São deliciosas as sequências da primeira transa, da festa liberal, da conversa franca sobre adultério. Os subúrbios de "24:7" são proletários. O título se refere ao tempo livre dos jovens da região: 24 horas por dia, sete dias por semana. Um solteirão idealista decide combater o ócio que leva ao crime. Bob Hoskins empresta credibilidade a esse personagem pouco desenvolvido. Abre um clube de boxe e treina desocupados da região. É como se a turma de "Trainspotting" fosse jogada no universo de "Rocky, O Lutador". Texto Anterior: Falta de organização abala Veneza-97 Próximo Texto: Joe Dante faz sátira dos EUA Índice |
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